O Reino da Computação

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6 August 2023

Como aprendi inglês de maneira auto-didata

by Renato Monteiro Batista

Como aprendi inglês de maneira auto-didata

Minhas experiências com estudo de língua estrangeira

Minha primeira experiência com inglês foi ainda no ensino fundamental / médio, quando tive aquela noção básica que praticamente todo mundo nascido no país todo mundo é apresentado. Aquele aprendizado em que você até domina diversas regras gramaticais mas não tem a mínima noção de pronúncia.

No final do ensino médio ainda peguei um daqueles cursinhos preparatórios para inglês mas que serviu mesmo só pra me dar confiança pois não havia ali nada de novo que eu não tivesse visto na escola.

Por volta dos meus 16 anos, no meu primeiro emprego, como técnico de informática havia surgido uma tecnologia bem “moderna” pra época, chamva-se tradutor babylon, que era um software que você precisava instalar no seu computador e fazia basicamente o mesmo que o google tradutor faz hoje em dia, só que numa maneira mais “capenga”.

O que percebi nesse momento foi que bastava usar o inglês, mesmo que você não compreendesse completamente e usasse de maneira errada, ainda assim abria um mundo novo de possibilidades. A exemplo disso arrisquei entrar em salas de chat (bate-papo) da época e conversar com o pessoal do resto do mundo com o uso de tradutor. Era uma experiência interessante, que, a medida que você repatia mais vezes você acabava aprendendo algumas sentenças.

Melhorando a capacidade de escuta e pronúncia

Ao longo da minha vida tive sempre bons amigos que faziam cursinhos de inglês e, sempre que podíamos nós conversávamos em inglês. Obviamente que eu com aquele inglês bem aportuguesado e eles com um inglês bem mais correto. Mas isso me ajudou bastante principalmente na questão de corrigir meus erros pois havíamos combinado que eles sempre deveriam apontar os erros que eu cometesse.

Nos meus anos de faculdade resolvi fazer um curso de inglês, mas não um curso qualquer, eu queria um curso que fosse focado em conversação e que tivesse um método de ensino diferente do que eu já havia visto. O grande diferencial que me atraía era a questão da agenda flexível pois considerava que se adaptaria melhor a minha rotina de autônomo prestador de serviços na área de TI.

Nesse curso tive contato com a conversação com outros alunos intermediada por um professor, bem como atividades como escuta e leitura de letras de música, filmes, etc. O que me ajudou bastante a melhorar minha capacidade de escuta e pronúncia. Infelizmente justamente a questão da agenda flexível me atrapalhou pois nem sempre haviam aulas para o meu “nível” disponível nos dias que eu me interessava e assim acabei abandonando esse curso depois de um ou dois semestres.

Então, ainda na faculdade, um dia me deparei com um amigo que carregava um box de dvds de alguma temporada da série “Stargate SG1” que era uma série inspirada num filme que me agradou bastante durante a infância e que se chamava “Stargate”. Ele me emprestou esses dvds para eu assistir, mas quando fui tentar ver descobri que não tinha português nas opções de idioma pois havia sido importado.

Até tentei assistir em espanhol por imaginar ser mais próximo mas foi muito pior. Até que resolvi tentar assistir em inglês com legendas em inglês como havia aprendido no curso de conversação e assim eu fui me acostumando com a pronúncia e com o vocabulário, além de conseguir entender boa parte do que se passava na série.

Anos passaram e fui percebendo que os filmes legendados que eu assistia no cinema eu já não precisava da legenda para entender o que se passava. Quantas vezes me peguei rindo das piadas nos filmes alguns milissegundos antes dos outros espectadores da sala de cinema simplesmente pq eu não precisava esperar a legenda aparecer para entender a piada.

Continuei com essa prática de ver conteúdo em inglês usando séries, filmes, músicas, canais do youtube e tudo mais. Perdi completamente qualquer aversão a qualquer conteúdo em inglês, pelo contrário me motivava tentar entender tudo que fosse possível.

Colocando meu inglês à prova

Em meados de 2007 tive a oportunidade de viajar para os Estados Unidos com um amigo, devido ao fato de eu já possuir passaporte e visto ele resolveu me convidar quando estava indo e havia conseguido uma promoção irrecusável de passagens aéreas. Eu fui com ele, a viagem foi cerca de uma semana, havia também o fato de que ele já havia morado uns 2 anos nos Estados Unidos e isso já me trazia uma cerga segurança a mais.

O fato é que durante a viagem acabou acontecendo o impossível, certa vez conversando com um atendente de uma empresa de turismo e se informando sobre passeios para ir aos parques de Orlando o atendente deu uma explicação que meu amigo não entendeu nada e eu compreendi tudo e acabei traduzindo pra ele. Foi uma sensação incrível, pois eu não me considerava no nível de já saber me virar em um país estrangeiro.

Outros anos depois já tive a oportunidade de voltar aos Estados Unidos outras vezes, tanto com um daqueles amigos que haviam feito curso de inglês quanto sozinho. E em todas as viagens me virei muito bem.

Aprendendo inglês com a internet

Como tive contato com a internet praticamente desde que ela chegou no país fui me acostumando a visitar a internet em inglês, seja por necessidade de buscar informações ou mesmo por curiosidade. E isso me ajudou bastante a aprender novas palavras e expressões.

Hoje em dia, quase que diariamente leio um ou mais artigos em inglês, ouço podcasts, vejo vídeos de tecnologia no youtube e também pratico no aplicativo duolingo.

Conclusão

Acho que a principal lição que aprendi através de toda essa experiência é que o aprendizado é algo que deve ser constante, não importa se você está aprendendo uma nova língua ou mesmo uma nova tecnologia, o importante é que você esteja sempre aprendendo algo novo. E, mais especificamente sobre o aprendizado de idiomas, é extremamente importante você se expor ao idioma de maneira constante, se possível utilizando o idioma como ferramenta para aprender outras tecnologias também.

Tive a oportunidade de aprender outros idiomas através de cursos formais e posso afirmar que, não importa quão excelente seja o curso, mas se você não imergir no idioma pode até acabar esquecendo boa parte do aprendizado.

tags: aprendizado - ingles